Coleção
Verão - Lingerie, Moda Praia e Intíma - Indústria,
fábrica e atacado de traje de banho, bikini, biquíni,
maiôs, fio-dental, (sex symbol). Sutiã, cintas, ligas e
corpetes. Vestuário, roupa, sutiãs, cortininha, tomara-que-caia,
top, enfeites e bordados, lycra, renda, tules, cotton e algodão,
com miçangas, ráfia, palha e couro
"ILHOTA CAPITAL CATARINENSE DA MODA ÍNTIMA
E MODA PRAIA"
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Com
cerca de 70 empresas de micro, pequeno e médio porte, fabricantes
de lingerie, moda praia e roupas para ginástica, localizadas
em Ilhota, estão preocupadas em divulgar a marca e fortalecer
a sua presença no mercado interno.
As
empresas iniciaram focadas no mercado externo, mas com a crise na Argentina
e instabilidade econômica nos demais países da América
do Sul, o olhar voltou-se para o mercado interno.
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Os
Mardu, da Austrália, por exemplo, nota-se que qualquer comércio
que ocorra entre eles tem lugar ou como atividade ritual durante grandes
encontros, ou como intercâmbio de presentes entre clãs
amigos quando grupos pequenos se congregam, ou como parte de obrigações
devidas a certos parentes próximos e afins (Tonkinson,
1991: 53). Os valores do itens são de importância menor
no caso do que o ato de reciprocidade, o qual afirma e reforça
um laço continuado (ib.). Por conseguinte, dar livremente
é aclamado como uma virtude, levando a que se constate que a
suposta propensão a comerciar, permutar e trocar [do selvagem]
não apareça (Polanyi, 1944: 49), o sistema econômico
sendo, com efeito, mera função da organização
social.
O mercado é
um lugar onde as pessoas se encontram para o propósito de mercadejar
ou vender e comprar. Como tal, mercados sempre existiram, mesmo entre
os aborígines da Austrália, como o caso dos Mardu indica.
O povo Mardu do
deserto australiano, conforme Tonkinson (1991: 37), possui extenso
vocabulário para tipos de nuvem e chuva e fenômenos do
clima[13]. Eles também são peritos em estimar a probabilidade
e possíveis conseqüências das precipitações
pluviométricas em seu território. Essa é outra
ilustração de uma elaborada forma de conhecimento.
E que possa prover
material para uso de outros ramos do conhecimento, além de
contribuir para uma nova perspectiva do problema da sustentabilidade,
como se pode deduzir da avaliação de Tonkinson (1991:
20) acerca dos Mardu, cuja sociedade tem sabiamento mantido um
status quo ecológico e social de longo prazo. No seu
caso, tendo dominado as necessárias técnicas de subsistência,
eles impõem sua vontade de maneira intelectual ao invés
de física sobre um meio ambiente áspero e um ritmo irregular
de vida (Tonkinson, 1991: 55). O abandono do interesse nas culturas
de tais humanos incivilizados não pode ser aceito
como uma forma de entendimento dos problemas da sociedade moderna
(ver Polanyi, 1944: 45).
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Moda praia e íntima
Vale a pena uma esticada
à cidade de Ilhota, a 25 quilômetros de Itajaí,
via Rodovia Jorge Lacerda. Está ali um dos principais pólos
nacionais de confecções de moda praia, íntima e
aeróbica do País. São mais de 30 fabricantes, que
produzem de tudo: biquínis, maiôs, lingeries, sutians,
calcinhas, cuecas, pijamas, roupas para ginástica. Uma das empresas
ali estabelecidas, que só utiliza materiais de alta tecnologia,
é a Mardu biquínis e fitness. Além de biquínis
e maiôs para moças, senhoras e crianças, a Mardu
fabrica sungas e roupas para ginástica.
www.jornaltribuna.com.br Edição
n.º 681 de 30/12/2004
Tonkinson (1991:
3), falando dos Mardu da Austrália, comenta acerca do desenvolvimento,
entre os aborígines, de uma vida social e cerimonial complexa
como base da reprodução de recursos de valor do grupo.
Os Mardu, porém, sempre foram caracterizados em termos negativos,
por não possuírem instrumentos de metal, agricultura,
animais domesticados, a roda, uma linguagem escrita, vilas, chefes,
uma economia de mercado e outros atributos (ver Tonkinson 1991: 36).
O certo, porém, é que nos Mardu se acham capacidade empreendedora
e aptidões admiráveis em termos de uma exploração
bem sucedida de seu território árido. Tonkinson (1991),
com sua demorada pesquisa, demonstra o êxito gerencial desse povo,
chamando atenção para o fato de que a significação
de tal sucesso pode ser percebida na natureza e funcionamento
de ... complexas formas não-materiais, especialmente laços
de parentesco e organização social [dentro desse povo],
além de sua religião. Em suma, esses rústicos caçadores-coletores
têm perfeita noção daquilo que fazem, preservando,
manipulando e gerindo seus recursos naturais de forma competente (Tonkinson,
1991: 51). Isto não é diverso do que tem sido encontrado
em outros estudos recentes, que demonstram que povos caçadores-coletores
não agem passivamente diante do meio. Pelo contrário,
os povos tribais gerenciam ativamente seus recursos, seja através
de direcionamento estratégico da ação ecológica
ou econômica, via controle social e manobra política, seja
por virtude do poder do símbolo e do ritual (Hunn e Williams,
1982: 1).
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